Assim, confira essa lista de dicas de como tratar a questão financeira nesta etapa de sua vida:
SEJA RACIONAL – Mesmo estando com o emocional abalado, cheio(a) de ressentimentos, a primeira dica é: pense bastante e reflita várias vezes antes de tomar uma decisão sobre como será investida determinada quantia e quais resultados esse gasto/investimento trará. Desse modo, pondere tudo evitando surpresas e arrependimentos do tipo “Ahhh! Por que fui tão impulsivo(a)? “.
BUSQUE INFOMAÇÕES PRECISAS – Invista em um analista financeiro ou procure ajuda profissional de alguém que, realmente, conheça quanto custará o processo de separação e divórcio. Temos que ter em mente que os custos são baseados na proporção dos valores dos bens envolvidos.
ESCOLHA QUAL A MELHOR FORMA PARA ESSA SEPARAÇÃO – Lembre-se de que o divórcio litigioso é, na maioria das vezes, o de maior investimento financeiro e emocional, porque envolve um maior número de pessoas, especialistas e profissionais, além de evoluir mais lentamente na solução e exigir maior número de documentações.
TENTE DIALOGAR – Não são todos que conseguem fazer isso com os atuais ex-cônjuges, porém é hora de se conscientizar de que os gastos existirão para ambas as partes. Então é altamente recomendado dialogar e procurar as melhores formas de poupar dinheiro e tempo dos dois lados. Se existir essa conversa entre os envolvidos, é melhor ainda que aconteça antes da busca por advogados para questões financeiras, pois, geralmente, quanto mais a situação caminha para a solução judicial, mais custosa se torna.
Observação: mas não resolva nada antes de se informar sobre seus direitos e deveres!!!
CONTE COM PROFISSIONAIS ESPECIALIZADOS – Profissionais em psiquiatria e psicologia são aliados certeiros para te orientar e acalmar a situação de forma geral. Trilhando melhores caminhos para que esse momento doloroso seja menos problemático, ajudando a manter a calma, aliviando tensões e frustrações, que são elementos que atrapalham, e muito, na hora de pensar sobre o dinheiro.
Advogados também são essenciais para dar andamento ao processo e, mesmo que se decida pelo acordo consensual, esteja sempre amparado(a), mesmo à distância, para que as coisas não tomem um rumo diferente do acordado.
LEMBRE-SE DE QUE DÍVIDAS TAMBÉM ENTRAM NA NEGOCIAÇÃO – Geralmente, quando falamos da parte financeira em uma separação, só pensamos na divisão dos bens e patrimônio, esquecendo-os de gastos e dívidas (algo muito comum hoje em dia), que também são elementos que entram nessa negociação.
FAÇA INVENTÁRIO PESSOAL DE ITENS E OBJETOS DE VALOR – Alguns objetos como relógios, joias, obras de arte e coleções são também parte dessa negociação, uma vez que adquiridos em conjunto no decorrer da união, devem ser colocados nessa conta. Uma dica que pode ser crucial é guardar os recibos de compra, ou ao menos fotografar os itens, caso haja receio de que os mesmos possam desaparecer.
CONSULTE SEU NOME NA PRAÇA – É recomendado checar se seu nome e CPF estão limpos na praça, obtendo um comprovante dessa situação com data do ato da pesquisa, evitando, assim, eventuais problemas que possam envolver seu nome durante o processo, muitas vezes demorado, de separação. Lembre-se de que “pecar pelo excesso é melhor do que penar pela falta dele”.
DISVINCULE-SE IMEDIATAMENTE – Se no âmbito pessoal você já está desvinculado(a), por que permanecer com vínculos na parte financeira? Isso mesmo! Assim que é tomada a decisão definitiva de separar-se, encerre contas conjuntas, cancele cartões de crédito e débito que sejam do casal e crie novos e individuais o mais rápido possível, pois isso evitará problemas atuais e futuros. E, de preferência, seja honesto e avise sobre a decisão.
ALTERE SUAS SENHAS – É importante lembrar-se de alterar senhas de e-mails, contas de sites de compras e muitas outras que fazem parte do dia a dia.
LEMBRE-SE DE QUE SEU ESTILO DE VIDA VAI MUDAR, ENTÃO PROGRAME-SE PARA ISSO – Tudo que era dividido em dois agora será para cada um. No início, até que você se adapte à nova realidade e consiga ter uma visão melhor de como é viver sozinho com seus consumos e gastos diversos, a dica fundamental é economizar o máximo que puder e poupar até que tudo esteja novamente no eixo.
DESPESAS FUTURAS – Devemos ressaltar que, além dos gastos com documentos, cartórios e profissionais envolvidos em todo processo, há que se pensar, e muito, nas despesas posteriores, uma vez que recomeçar é a etapa seguinte. Pensar não somente sobre pensões e investimentos ligados a filhos e dependentes (caso possuam), mas, também, sobre nova moradia, novo estilo de vida e nova renda única que, antes somada e dividida em dois, agora se torna individual. Muitos sentem nessa fase um estresse profundo, porque ainda há muitos cônjuges que vivem(viviam) com as rendas do companheiro(a).
SOBRE MORADIA E ALUGUEL DURANTE E APÓS SEPARAÇÃO – É importante sabermos que a questão de moradia é algo que influencia tanto na hora de se separar, quanto no período após separação, uma vez que ajustes financeiros iniciais são necessários para que não se perca as rédeas da situação. Cada país possui suas regras e, no Brasil, a lei que rege é a Nº 8.245/91, também conhecida como Lei do Inquilinato, que regula a relação entre locador e locatário (em caso de separação a mesma faz efeito).
Assim, é importante saber de início que esta lei pode ser aplicada em várias situações, como, por exemplo, caso o imóvel da família seja próprio e um dos envolvidos continuar morando no local: esse irá pagar metade do aluguel ao outro? Ou também: se o imóvel for locado, quais obrigações que o casal ainda em senso comum deverá arcar? Além disso, essa Lei regula também o direito à preferência, caso um dos cônjuges opte por permanecer no imóvel e haja um consenso disto por ambas as partes. Claro que com a ajuda de um profissional especialista na área tudo fica mais fácil.
Mas, caso você precise encontrar um novo lar, ressaltamos a questão de planejar antes e fazer uma avaliação, para que não aconteça de dar um salto maior do que a nova perna. Pois, na maioria das vezes, por “mini vingança”, aparência ou até mesmo para mostrar que “estou por cima da carne seca” acabamos optando por alugar, ou até comprar, imóveis mais caros e chamativos do que poderíamos sustentar. E, com o passar do tempo, aquela sensação de vitória momentânea torna-se um verdadeiro tormento insustentável do ponto de vista econômico.
ECONOMIA INTELIGENTE – Economizar é uma tarefa complicada para a grande maioria das pessoas nos dias de hoje e, por esse motivo, muito se fala em economia inteligente em todos os setores. Assim, seguem algumas dicas, algumas novas e outras para relembrar, que farão toda a diferença para ajudar nesse modo de poupar inteligentemente, facilitando e direcionando melhor seu dinheiro, gastos e investimentos pessoais e financeiros.
- Procure profissionais especializados e de confiança para toda ação relacionada à separação (advogados, profissionais da saúde, orientadores financeiros etc.)
- Prepare-se com gastos e investimentos de cartórios e honorários referentes a todo o processo de separação. Caso haja dúvidas, procure ajuda de profissionais especializados que irão diminuir o custo financeiro e tempo gasto com essa questão.
- De início, quando procurar novo imóvel para essa nova vida individual, prefira alugar do que adquirir um bem de moradia. Entrar em uma dívida importante ou comprar na correria um lugar, sem antes acontecer uma adaptação para esse novo ciclo, é incerto e perigoso. Faça isso com calma, pensando e analisando cada situação, há muito o que rever e reorganizar antes de agir por impulso.
- Faça um levantamento de toda a renda e bens que você possui para poder administrar e obter a real situação do seu cenário econômico de vida. Conheça e tenha noção de toda movimentação financeira, evitando surpresas no mínimo desagradáveis.
- Lembre-se: no que diz respeito aos investimentos e gastos com filhos, a responsabilidade é de ambas as partes e quem ganhar mais, pode sim, ajudar mais que o outro. Nem sempre será tudo meio a meio e, o mais importante, os filhos não devem sofrer nem psicologicamente nem financeiramente o revés do fim do relacionamento dos seus pais!
- Caso a separação seja mais conturbada (como a maioria), com pouco diálogo e muito pouca compreensão mútua, não há outra maneira além de separar os advogados. Nesse caso, é interessante que cada um tenha o seu para que as divergências sejam intermediadas por eles. E a escolha de um bom especialista na área faz toda a diferença no antes, durante e depois.
- Lembre-se de que, por lei, tudo que for adquirido pelo casal após a união, que não seja fruto de heranças, deve ser dividido igualmente, mesmo que as rendas não sejam iguais ou parecidas.
- Tenha cuidado ao ocultar algum patrimônio ou bem na divisão. Uma vez que isso aconteça, se descoberto, haverá mais brigas e desentendimentos e, consequentemente, mais gastos no futuro.
- Não esqueça de ter cautela em novos investimentos como trocar de carro, viajar, adquirir bens, entre outros, pois é um cenário novo de mudanças.