Não há a necessidade de que eles sejam o único assunto importante nesse período de turbulência. Mas fingir que eles devem aceitar a situação como uma coisa trivial, é como tapar o sol com a peneira, colocar a poeira debaixo do tapete das nossas responsabilidades!!!
Pois, por geralmente não terem a compreensão da situação, acabam sofrendo as consequências da separação, e, geralmente, os sentimentos de culpa e abandono são frequentes em suas cabeças.
Assim, primeiramente, é preciso deixar bem claro para eles que a ruptura do casal não é culpa deles e conscientizá-los de que, apesar de passarem a viver em ambientes separados, poderão contar com a presença e o carinho de ambas as partes, mesmo que a estrutura familiar tradicional não mais exista.
Ou seja, vai-se o casal, ficam os filhos…
Por isso, evitar discussões na frente das crianças é, no mínimo, primordial. Os pais devem agir como adultos e tomar decisões conjuntas, tentando usar a mesma fala e juntos responderem às perguntas dos filhos sobre a separação.
Dessa forma, planejar o maior número de visitas, em especial nos períodos iniciais, e manter o contato com os familiares de ambos os lados, também os farão se sentir acolhidos e integrantes de uma família. Mas, é importante, principalmente, engolir a raiva e as “minivinganças” na hora em que o único desejo é falar mal um do outro na frente dos filhos.
Saibam que todas as vezes que as crianças ouvem um dos pais falar mal do outro, elas se sentem pressionadas a tomar as dores de um deles (mesmo que não falem nada) e, por consequência, carregarão a culpa por ter tomado partido de um dos lados!
Pedir ajuda a amigos ou procurar terapia em casal ou individual para pais e filhos são ações que podem ajudar muito nesse período…